terça-feira, agosto 01, 2006

O RETORNO


Durante os quatro anos de faculdade, fizemos bons amigos. Alguns para a vida toda.
A turma de jornalismo de Faro, com a grande maioria já atuando na profissão funcionou como um grande laboratório, com discussões quentes embasadas nas experiências dos colegas atuantes na área.

Na sala de aula, Adriel Diniz, Marcos Souza e Geri Anderson me convidaram para integrar a equipe que se propunha a trabalhar com Webjornalismo. Adriel e Marcos já possuíam experiência na net. Tocavam há um ano o Kaiari.com.

Com a ajuda do grande Hamilton Lima, mais do que apenas nosso professor, também conselheiro, mestre e nobre amigo, que se propôs a supervisionar o Rondoniaovivo, iniciamos no dia primeiro de janeiro de 2005.

Ralação total. Tudo improvisado, mas muita disposição para o trabalho. Entravamos no sétimo período, estávamos fazendo estágios. Unimos o útil ao agradável.

Em meados de maio do ano passado, com quase cinco meses do Rondoniaovivo em funcionamento, eu e Adriel voltávamos de Espigão do Oeste onde fomos fazer cobertura da abertura da temporada 2005 de motociclismo. Sabíamos que uma matéria bombástica entraria no ar no programa Fantástico da Rede Globo de Televisão.

De carona no motor home do piloto Riderson, deitados no corredor do “buzão”, ao passarmos por Cacoal por telefone nos avisaram que o TJ teria censurado matéria. De volta aos velhos tempos da Ditadura. A proibição da exibição da reportagem, mesmo embasada juridicamente, era amoral.

De madrugada, já em Porto Velho tínhamos consciência que uma grande reportagem nos aguardava.

Obs: O relato da cobertura da revolta popular fica para uma próxima. Apenas uma opinião pessoal, o povo invadiu e quebrou a casa de leis por causa da censura e não exigindo moralização.

A corrupção parlamentar teve novos casos e não se viu mais o povão na porta da ALE. Espero que tenham aprendido a lição
: CENSURA NUMCA MAIS.

Direto ao assunto:

Editamos o Rondoniaovivo versão impressa, com quatro mil exemplares. Ajudamos do próprio bolso para colocar o tablóide nas ruas. A grande imprensa escrita tinha se calado, emudecido no caso Assembléia. Não $e $abe por quê.

Era agora nossa hora, íamos mostrar o outro lado.

Com quatro edições quentes, o Rondoniaovivo cresceu. Nossos acessos na época triplicaram. Certo dia vem o golpe. Dois agentes da Policia Federal bateram no escritório com uma intimação na mão. Assunto: Denúncia de exercício ilegal da profissão. O acusador: o SINJOR, sindicato dos jornalistas de Rondônia.

Eu fiquei sabendo por telefone, quando estava na ante-sala do superintendente da Polícia Federal para uma entrevista. Sacanagem das grossas. Queriam nos calar.

Pelo editorial do nosso impresso, uma comissão de fiscalização do sindicato (usou dois pesos e duas medidas) denunciou Marcos e Adriel por estarem designados como diagramadores e editores eletrônicos, matéria que estudávamos e cumpria-se estágio supervisionado.
Hamilton Lima, que utilizava um precário na época também foi denunciado. Escapou eu (diretor comercial) e Ana Cristina ( diretora administrativa). Foi uma ducha de água fria. O impresso parou.

È interessante lembrar que na época alguns dos membros da diretoria do sindicato eram funcionários da casa de leis. Foram atrás de quem peitava o patrão deles. (o assunto não acabou).

Amanhã colocamos nas ruas um novo informativo impresso. Pequeno, preto no branco, apenas uma folha de sulfite com chamadas para o leitor acessar o site e através do sistema de busca de noticias, localizar a matéria de seu interesse.

O nome que foi batizado? A FOLHA, em homenagem ao seu formato.

Aos pelegos entrincheirados, funcionários da casa de leis que “militam” no Sinjor, o aviso, vamos começar tudo de novo. E agora o assunto vai ser diferente......

2 comentários:

Anônimo disse...

Andreoli, espero que a Folha venha prá ficar, pois Porto Velho, ou melhor, Rondônia está muito carente de veículos de comunicação sérios.

Anônimo disse...

voce,alem de corno ta fudido,me aguarde vagabundo