quarta-feira, agosto 23, 2006

TENTÁCULOS NO EXECUTIVO

O governador Ivo Cassol passou limpo pela operação Dominó. Pelo menos no relatório. Mas, alguns secretários do governador faziam jogo duplo.

O secretário da SEPLAD – secretaria de planejamento, João Carlos, fazia favores para a quadrilha sem anuência do governador. Está bem claro no relatório. Cancelou empenhos, direcionou recursos públicos para emendas de envolvidos, pintou e bordou.

Se o governador realmente não sabia o que seu secretário fazia, deve imediatamente demiti-lo. Agora se sabia e concordava com o desvio de recursos públicos, mantenha o homem no cargo e não precisa falar mais nada. A gente lê nas entrelinhas do relatório.

OMISSOS


Os senadores Amir Lando e Valdir Raupp (PMDB) sabiam da situação degradante dos poderes no estado. Segundo Moisés Oliveira em conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal, os dois Senadores chamavam a quadrilha de “governo paralelo”.

Pecaram por saber e nada fazer. Que belos representantes, fiscais do povo temos em Brasilia.

SEM PESCOÇO

Um candidato a deputado, envolvido até a cabeça com as falcatruas na ALE/RO está dizendo na televisão que Deus o fez sem pescoço para não pegar “canga” dos poderosos.

E quem quer colocar canga no cara? O povo quer é adornar seus pulsos com um par de pulseiras de aço (algemas).

PT

Muito bom os comerciais de TV do PT, produzidos por marketeiros contratados a peso de ouro (mais de 250 mil reais) em Belém

Um cofre aberto, vazio, dando a impressão que foi recentemente arrombado e surrupiado leva o eleitor a refletir sobre o que aconteceu.

Só não falam que um dos acusados é o deputado do próprio PT, um tal de Nereu Klosinsky, que segundo a PF meteu a mão na bufunfa do povo.

Mixaria comparada aos seus colegas de parlamento. Pouco mais de 180 mil reais. Não dá nem para pagar os marketeiros paraenses.

756 x 171

A relação dos 756 funcionários do gabinete de Carlão tem nomes conhecidos na cidade. Muitos pioneiros e tradicionais estão na lista dos fantasmas que assombravam os corredores da ALE/RO.

O caso mais estranho é a relação dos contratados da ALE/RO que ganhavam da casa do povo, mas trabalhavam em outros locais. Todos vão ser intimados a prestar esclarecimentos.

PMDB

Tá difícil assistir o programa eleitoral da legenda, tamanha a quantidade de candidatos envolvidos em escândalos que entram na nossa casa com a maior cara de pau.

Não dá para acreditar que todos são inocentes. Pior é que vem tudo junto, não se separa o joio do trigo e os decentes do partido caem na vala comum dos seus pares.

Com esta nominata, Amir Lando deve ficar calado, sem moral nenhuma para apontar dedo para ninguém.

SAÚDE???

Uma faculdade que não se sustenta nas pernas, está anunciando para breve novos cursos de ciências da saúde.

A instituição ainda não reconheceu diversos cursos que a mesma apresenta para a comunidade. Não é de hoje que aprontam no estado. Rondônia é obrigada a ver calada mais este início de armação.

Olho vivo, jovens vestibulandos. Depois não adianta reclamar.


CANETA PESADA DO TRE

O TRE – Tribunal Regional Eleitoral impugnou a candidatura de Guilherme Erse por uma suposta união estável com a filha do governador.

Perguntar não ofende.

E os deputados estaduais acusados dos mais diversos crimes, com provas consistentes e robustas, não vão ser impugnados?

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelo jeito, para os Juízes Eleitorais de Rondônia é mais grave ter um filho com a filha do governador, que ter o nome envolvido no assalto de milhões de reais dos cofres públicos, haja vista que todos os 23 Deputados citados pela PF na operação Dominó estão aí, livremente, candidatos à reeleição. Isso sim, eu chamo de "Justiça Cega". Enquanto isso, os juízes do TRE do Rio de Janeiro estão dando um exemplo para o País ao impugnarem a candidatura de alguns candidatos, apenas baseados em na vida pregressa do sujeito (artigo 14, §9º, da CF). Imagina se a moda pega aqui em Rondônia: não ia sobrar candidato!

Anônimo disse...

Paulo: o momento exige reflexão. Quanto maior, melhor. A assepsia exigida por esta triste Rondônia se torna inadiável, e nisso o papel do eleitorado jovem poderá exercer a sua força. Quanto à omissão em relação ao governo Cassol, acredito que a bancada toda falhou. Durante um período houve uma exceção, a senadora Fátima Cleide, que fustigou o quanto pôde e teve a coragem de discursar na tribuna. A bancada rondoniense camuflou-se feito avestruz no buraco. Um porém: quando ela foi pôr o dedo na ferida, os demais poderes também foram flagrados em maracutaias. Bem, de lá para cá muita água rolou sob a ponte.